terça-feira, 30 de setembro de 2008

Pesquisas Qualitativas, como funcionam na eleições!

Artigo sobre pesquisa qualitativa, que pode ajudar-nos a entender a aula de metodologia científica sobre Questionários e Intenção de Voto!
As pesquisas qualitativas são pouco divulgadas para o público e - menos ainda -alardeadas pelos candidatos. Nos bastidores das campanhas, no entanto, ajudam a definir os caminhos da disputa.

Ao contrário da pesquisa quantitativa, aquela que revela a intenção de voto, ou seja, qual percentual da população pretende votar em determinado candidato, a qualitativa não busca índices, não se preocupa com estatísticas. O objetivo é captar o "sentimento", a "emoção" do eleitor.

Uma das modalidades mais comuns de pesquisa qualitativa é aquela feita em grupo. Coordenados por moderadores, os eleitores conversam sobre o candidato, sobre a campanha, discutem atitudes, argumentos e tudo o mais que a campanha quiser “testar”. As respostas são analisadas por especialistas e auxiliam na construção ou adaptação de estratégias, discursos e até slogans e jingles.
“Ela é feita quando se quer ter uma profundidade de informação, chegando até ao caso extremo das razões inconscientes que um eleitor tem para tomar decisão de voto por um e não por outro candidato. São usadas técnicas, de maneira que você consegue se aprofundar nessas questões, nessas opiniões que ainda não são racionalizadas por ele”, explica Márcia Cavallari, diretora executiva de atendimento e planejamento do Ibope Inteligência.

As pesquisas qualitativas podem ser usadas para aprofundar questões que tenham surgido em uma pesquisa quantitativa. A “quanti” aponta que algo está acontecendo; a “quali” pode mostrar o porquê. “A campanha do Kassab precisa descobrir uma fórmula para conseguir que a imagem dos CEUs [Centros Educacionais Unificados] se descole um pouco da Marta e cole mais na dele. Então, se faz um grupo com famílias ou freqüentadores dos CEUs para explorar essa questão, ver se surge uma idéia, uma luz ali”, exemplifica o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.
Grupo homogêneo
O grupo tem que ser homogêneo, formado por pessoas com características semelhantes. Os "pontos em comum" entre os participantes podem ser socioeconômicos (classe A, B, C...), de comunidade (moradores de um bairro), de formação educacional, de valores (religião, por exemplo) – tudo vai depender do foco da campanha. O moderador (em muitos casos, um psicólogo) coordena o grupo com base em um roteiro com assuntos a serem explorados na discussão.
Vidro espelhado
Na sala onde o grupo se reúne, há um vidro espelhado. Do outro lado, ficam outros pesquisadores, pessoas que trabalham na campanha, como o marqueteiro, e até mesmo, em alguns casos, o candidato. Os participantes são avisados de que serão observados, mas não enxergam quem está atrás do espelho.“É uma espécie de laboratório da opinião pública. A gente vê as pessoas formando um conceito: recebendo a informação, processando a informação, discutindo com as pessoas e às vezes adotando uma posição favorável ou desfavorável a determinados argumentos ou propostas”, explica o diretor do Instituto Vox Populi, João Francisco Meira. Segundo ele, em alguns casos, o espelho é substituído por câmeras que transmitem a imagem via internet ou por um circuito interno de TV. Assim, a equipe de campanha pode acompanhar a pesquisa à distância, mesmo se estiver em outra cidade.

‘Qualis’ na disputa em São Paulo
Na disputa pela Prefeitura de São Paulo, as pesquisas qualitativas ajudaram a definir estratégias de candidatos como Paulo Maluf (PP) e Geraldo Alckmin (PSDB). José Nivaldo Júnior, marqueteiro de Maluf, diz que as pesquisas apontaram uma idéia no eleitorado de que o candidato do PP havia endividado a prefeitura. “As pessoas achavam que Maluf tinha gasto mais dinheiro do que todos os outros adversários. Tinha esse conceito de 'fez obras, mas gastou muito, endividou a prefeitura'. Baseado nisso, nós esclarecemos a questão do orçamento”, conta. Daí surgiu a idéia trabalhada na campanha de que ele “fez mais com menos dinheiro”. Nivaldo aposta nas tendências mostradas nas pesquisas. “Maluf pode crescer e até surpreender por uma questão de capacidade de resolução. É o candidato que resolve os problemas. Os outros diagnosticam, apontam, sabem mostrar, mas resolver, na prática [não]. Esse é o nosso nicho de trabalho”, diz.

As qualitativas ajudaram Raul Cruz Lima, marqueteiro de Alckmin, a desenvolver a estratégia de “descolar” a imagem do tucano da imagem do prefeito Gilberto Kassab (DEM), que tenta a reeleição. “O que mais deu resultado [nas pesquisas] foi a avaliação da história política dos dois. Ali, o público conseguiu ver uma diferença muito grande entre eles”, conta. Um dos comerciais de Alckmin mostra seu rosto dividido com o de Kassab. O ex-prefeito é citado como alguém que teve o apoio do ex-prefeito Celso Pitta e do ex-governador Orestes Quércia. Em seguida, o tucano é lembrado na condição de aliado de outros tucanos, como José Serra, governador de São Paulo, e Mário Covas, ex-governador, morto em 2001.

Três momentos da ‘quali’
Marta Cavallari, do Ibope, explica que a pesquisa qualitativa em grupo é feita principalmente em três momentos. Primeiro, antes da definição de uma candidatura. A idéia é “testar” um aspirante a candidato, saber o potencial que ele tem para disputar um determinado cargo. “Antes da campanha, a ‘quali’ vai ver quais são as qualidades que a população vai exigir do futuro candidato, quais são defeitos que não vai suportar, qual imagem que ela quer do futuro prefeito”, explica o consultor político Carlos Manhanelli. Algumas técnicas ajudam o eleitor a expressar o que sente, a traduzir suas emoções em palavras. Uma delas é a avaliação da imagem verbal e da imagem não-verbal do candidato. Primeiro, os integrantes do grupo analisam uma fotografia do candidato, descrevem como imaginam que seja aquela pessoa. Depois, o candidato é mostrado em um discurso ou pronunciamento. ”E aí se vê o que aquela imagem não-verbal agrega, aquela formada inicialmente. Muitas vezes, a imagem não-verbal é melhor do que a imagem verbal, porque às vezes o candidato fala difícil, as pessoas não entendem. Às vezes, imaginam o candidato como uma pessoa muito forte, com firmeza e, às vezes, quando ele fala o público não sente isso”, explica.

Definido o candidato, a pesquisa seguinte avalia os pontos fortes e fracos do candidato, a imagem que ele passa, assim como a imagem de seus adversários.

Nesse momento, a pesquisa “quali” ajuda na definição das estratégias da campanha que irá começar. “Ela funciona bem para sondar a sensibilidade do grupo a determinados argumentos, propostas e posições”, diz o diretor do Vox Populi. A análise do discurso do eleitor ajuda a construir ou adaptar estratégias. Uma expressão utilizada por um participante pode se tornar uma idéia para slogan ou jingle. “Na discussão entre esses grupos, você consegue tirar frases ou termos que fazem sentido no discurso do seu candidato, que têm a ver com ele. Uma ‘quali’ não muda o curso de uma campanha, mas ajuda no conteúdo daquilo que já está estabelecido. Não é aquilo, ‘ah, a ‘quali’ diz que o cara tem que ser loiro e de bigode’. Isso não me sensibiliza”, conta Nelson Biondi, marqueteiro da campanha do prefeito Beto Richa (PSDB) à reeleição em Curitiba. Da observação dos grupos de discussão, Biondi extraiu um dos motes da campanha do prefeito. “Quando em três ou quatro grupos [de pesquisas qualitativas] as pessoas disseram ‘por mim, o Beto fica’, pronto, virou ‘Beto fica’. Saiu da quali”, conta. Com a campanha em curso, as pesquisas qualitativas são usadas para “ajustes”. Nessa etapa, são formados grupos para acompanhar os programas eleitorais na televisão.

Os marqueteiros também aproveitam para “testar” coisas que serão agregadas na campanha, como um novo comercial, por exemplo. Foi a sorte do consultor político Carlos Manhanelli. “Estávamos fazendo uma campanha em Recife e foi levada uma equipe de São Paulo para lá. Na hora de escrever o texto, o cara colocou o seguinte: “O nosso adversário está perdido na poeira”. Só que poeira em Recife quer dizer “povo”. No teste amostral, a reação foi de indignação”, conta.

Outros tipos de ‘quali’
As pesquisas qualitativas também podem ser feitas individualmente. Nessas situações, geralmente o objetivo é ouvir os chamados “formadores de opinião”: executivos, líderes religiosos, professores universitários, sindicalistas, jornalistas. Durante programas eleitorais e debates, pode ser feita uma pesquisa “quali-quanti”, um outro tipo de qualitativa, segundo alguns pesquisadores. Forma-se um grupo maior, de 20 a 50 pessoas, em média, com uma amostra representativa da população. Cada participante recebe um aparelho onde pode indicar se avalia o que vê de forma positiva ou negativa. O resultado é traduzido em um gráfico, que é mostrado em uma tela para o grupo que contratou a pesquisa. Os marqueteiros e pesquisadores podem saber se cada segundo está agradando ou não.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Mestrado e Doutorado na FIOCRUZ

CPqAM lança editais para Mestrado Acadêmico e Doutorado em Saúde Pública
Por Rita Vasconcelos
O Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM), unidade da Fundação Oswaldo Cruz em Pernambuco, lançou hoje (15/09), os editais de seleção para os seus cursos de mestrado acadêmico e de doutorado em saúde pública, turmas 2009.
São 20 vagas para o mestrado e o período de inscrições é de 22 de setembro a 24 de outubro de 2008. Para o doutorado estão sendo oferecidas 15 vagas e a inscrição deverá ser feita no período de 20 de outubro a 20 de novembro do ano em curso.
As áreas de concentração, tanto para o mestrado acadêmico quanto para o doutorado, são: (1) Epidemiologia, Política e Gestão em Saúde e (2) Eco-epidemiologia e Controle de Endemias. A clientela para ambos os cursos são profissionais de nível superior da área saúde e afins.
Os editais estão disponíveis no site www.fiocruz.br/poscpqam. Mais informações a respeito do processo seletivo podem ser obtidas através do telefone 2101.2611.

Especialização de Saúde Pública na FIOCRUZ


Especialização abre inscrições no dia 1º de outubro
Por Fabíola Tavares
As inscrições para o Curso de Especialização em Saúde Pública do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM), a Fiocruz Pernambuco, estarão abertas de 1º a 30 de outubro. São oferecidas 15 vagas para profissionais de nível superior da área de saúde e afins, sendo cinco para candidatos que já atuam no serviço público de saúde e dez para os demais interessados. As inscrições custam R$ 50,00 e serão efetuadas no site da Plataforma SIGA. O objetivo da capacitação é formar sanitaristas, capacitando profissionais de saúde, com uma visão crítica e propositiva sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), seus problemas e os caminhos para a melhoria da qualidade da atenção à saúde da população.
A seleção será realizada em três etapas: prova escrita, avaliação de currículo e entrevista. O curso tem duração de um ano com carga horária de 510 horas/aulas. As aulas ocorrerão, preferencialmente, nas segundas e terças-feiras, das 8h às 17h, podendo também ser realizadas em regime modular em qualquer dia da semana.
Mais informações estão disponíveis no site www.fiocruz.br/poscpqam ou pelos telefones (81) 2101.2611 e (81) 2101.2625.

Atuação das Enfermeiras no PSF



ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Em atenção ao comunicado veiculado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, em 29/08/2008, acerca de decisão judicial proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região relativa à Resolução nº 272 do COFEN (Conselho Federal de Enfermagem) e de uma conseqüente anulação de dispositivos da Portaria MS nº 648/2006, que regulamenta a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e a execução da Estratégia Saúde da Família no Brasil, seguem abaixo os seguintes e importantes esclarecimentos:

1. Em primeiro lugar, o Ministério da Saúde, por meio da Diretoria do Departamento de Atenção Básica – Secretaria de Atenção à Saúde, informa que nenhuma disposição legal constante das Portarias Ministeriais nº 648/2006 (PNAB) e nº 1.625/2007 encontra-se suspensa e, muito menos, anulada por qualquer decisão judicial.

2. A suposta decisão judicial pertinente à Resolução nº 272 do COFEN, em ação interposta pelo SIMERS –Sindicato dos Médicos do Estado do Rio Grande do Sul- junto ao TRF da 1ª Região, não traz qualquer reflexo à PNAB e às suas disposições, até porque os comandos normativos da Política Nacional de Atenção Básica não são objeto de discussão na referida contenda judicial.

3. Diante disso, cumpre informar que não há qualquer decisão judicial no país que imponha a nulidade das normas constantes da PNAB, encontrando-se as mesmas em plena vigência.

4. De outro lado, a informação de que a Portaria nº 1625/2008, que alterou as atribuições dos profissionais de enfermagem e dos médicos no âmbito das equipes de Saúde da Família, estaria suspensa em função de recurso de Agravo de Instrumento (Processo nº 2007.01.00.000126-2/TRF) também não procede. O referido Agravo de Instrumento, citado na nota veiculada, não discute a Portaria nº 1.625/2007, ou seja, não poderia juridicamente suspender tal disposição legal.

5. Além disso, o mencionado recurso de Agravo de Instrumento discutia tão-somente a manutenção de uma medida cautelar concedida ao Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2007 para suspender um pequeno trecho da PNAB que tratava das atividades do profissional de enfermagem (Portaria nº 648/2006). Contudo, tal trecho da PNAB que tratava da atuação dos enfermeiros na Estratégia Saúde da Família foi alterado antes mesmo do julgamento da ação e com a anuência do Conselho Federal de Medicina, tornando assim a decisão do agravo de instrumento em questão desconstituída de qualquer efeito prático, ainda que a mesma fosse vigente.

6. Ratificando o exposto, a ação judicial movida pelo CFM contra trecho da PNAB e que deu origem ao já comentado Agravo de Instrumento acima mencionado já foi julgada extinta, sem julgamento do mérito, pelo Juiz Federal da 4ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, em 04/03/2008, tendo tal sentenc decisória transitado em julgado em 27/08/2008, ou seja, não se mostra cabível qualquer recurso em contrário (Processo nº 2006.34.00.034.729-1).

7. Vale ressaltar que a decisão judicial relativa à Resolução nº 272 do COFEN é pertinente a um outro processo judicial que não produz qualquer efeito sobre a ação movida pelo CFM contra disposições da PNAB, até porque esta, como já dito, foi extinta pelo Juiz Federal responsável. As ações não são conexas e muito menos tramitaram ou tramitam juntos, ou seja, a decisão tomada em uma delas não afeta diretamente a outra.

8. Tanto a Portaria MS nº 648/2006 (PNAB), quanto o texto da Portaria MS 1625/2007, não possuem qualquer relação com a Resolução Cofen nº 272, que em momento algum estabelece normas acerca de diagnóstico clínico, prescrição de medicamentos ou da solicitação de exames de modo autônomo por parte dos enfermeiros. Aliás, a Resolução nº 272 do COFEN sequer trata dos programas ou rotinas aprovadas em instituições de saúde.

9. Ressalte-se que a PNAB e a Portaria MS 1625/2007: a) em momento algum determinam a possibilidade dos enfermeiro de realizar diagnóstico; b) não permitem ao enfermeiro realizar a solicitação de exames complementares ou a prescrição de medicações de modo autônomo, já que sempre devem ser observados os protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, os gestores estaduais, os municipais ou os do Distrito Federal; c) não regulamentam as atribuições dos enfermeiros, fundando-se apenas nas normas da profissão de enfermagem atualmente vigentes e não suspensas por decisão judicial, em especial a Lei 7.498, de 25/06/1986 que prevê em seu artigo 11, inciso I, alínea "i", a consulta de Enfermagem, e alínea "j" a prescrição da assistência de Enfermagem como atos privativos do Enfermeiro, e ainda prevê em seu artigo 11, inciso II, alínea "c", a prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde, como atividade do Enfermeiro na condição de integrante da equipe de saúde.

10. Diante do exposto, o DAB/SAS/MS reitera a todos os gestores da atenção básica a inexistência de qualquer suspensão ou nulidade judicial das Portarias MS nº 648/206 e nº 1.625/2007, estando as referidas normas bem como todas as disposições alusivas à Estratégia Saúde da Família em plena vigência e em estrita consonância com a legalidade, não havendo motivos para quaisquer mudanças nas diretrizes atualmente seguidas na condução da atenção básica dos entes federados.

Disciplinas




Lato Sensu - Saúde Pública com ênfase no PSF.

DISCIPLINAS
•Metodologia da Pesquisa I


•Políticas de Saúde no Brasil


•Vigilância à Saúde: Vigilância Sanitária, Ambiental e Epidemiológica


•Atenção á Saúde: Atenção Primária, Secundária e Terciária


•Financiamento do Sistema de Saúde


•Gestão dos Serviços de Saúde


•Incorporação Tecnológica no Setor de Saúde


•Complexo Industrial da Saúde


•O Mercado de Saúde Privada no Brasil


•Metodologia da Pesquisa II


•Seminários Especiais


•Monografia

Objetivo do Curso:
Preparar e formar especialistas em Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde Pública/ Saúde da Família para o exercício das ações, atribuições e atividades profissionais em unidades básicas de saúde sob a Estratégia Saúde da Família, através de ações de abordagem coletiva e de abordagem clínica individual e gestão dos serviços de saúde em setores administrativos da saúde pública.

Aula Inaugural da Pós Graduação em Saúde Pública

Olá Garotas e Garoto!

Espero que possamos fazer mais e mais fotos, para que fiquem em nossas retinas a imagem de bons momentos juntos!

Esse é nosso espaço! curtamos!